As três pontes que permitiam que o sangue fosse desviado do fígado e dos pulmões regridem após o nascimento. Tão logo a criança nasce, o orifício oval (localizado no septo interatrial), o conduto arterioso (ligação entre a artéria pulmonar e a aorta) e ducto venoso (ligação entre a veia umbilical e a veia cava inferior) não são mais necessários.
O esfíncter do ducto venoso contrai-se vigorosamente, fazendo com que todo o sangue que penetra no fígado seja obrigado a passar pelos sinusóides hepáticos.
O inicio do funcionamento dos pulmões provoca aumento no fluxo sanguíneo pulmonar, o que contribui para o aumento da pressão sanguínea no interior do átrio esquerdo. Esse aumento na pressão atrial esquerda fecha o orifício oval ao pressionar a valva deste orifício contra o septum secundum.
O conduto arterioso contrai-se ao nascimento, mas há, com freqüência, uma pequena ligação sanguínea entre a aorta e a artéria pulmonar esquerda, que persiste por alguns dias. O conduto arterioso normalmente deixa de ser funcional nas primeiras 10 a 15 horas após o parto, mas pode persistir por mais tempo em recém nascidos prematuros. Aparentemente, o principal causador da oclusão desse conduto é o oxigênio, que estimula a produção da substância bradicinina, produzida pelos pulmões logo após seu enchimento inicial.
As artérias umbilicais se contraem no parto, evitando a perda de sangue no bebê. Se o cordão umbilical não for amarrado no prazo de até 1 minuto após o nascimento, o fluxo sanguíneo pela veia umbilical continua, transferindo sangue fetal da placenta para o bebê.
A mudança da circulação sanguínea do padrão fetal para o do adulto não é uma ocorrência súbita. Algumas mudanças ocorrem em minutos enquanto que outras levam em horas ou dias.
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